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CARNAVAL, CORONA E VIDA QUE SEGUE


100% das pessoas riem quando apertam F13. Riu ou não riu? Eu ri bastante. Como diria o Jô Soares: "Estou rindo por dentro como você nem imagina!". De verdade. Estava fuçando na web e encontrei várias frases engraçadas relacionadas a computador e internet. Uma das coisas que mais me agradam é rir de besteira. Conheço algumas pessoas maravilhosas que são como eu, graças à Deus!

Esta pequena crônica, como não podia deixar de ser, deve falar de carnaval, corona vírus e não menos importante, o que fazer para empurrar a vida com a barriga, no meu caso, um enorme barril onde o estoque de cerveja nunca acaba. Bem, vamos lá.

Estamos no meio do carnaval, quem diria. Geralmente a segunda de carnaval não é o melhor dia do carnaval, pelo menos para mim. "Segundona" sempre foi um dia de preguiça. Dia de recarregar as baterias gastas na sexta, no sábado e no domingo (dia da ressaca do Bloco dos Sujos). No domingo geralmente eu ficava imprestável. Abrir os olhos era a maior dificuldade. Alguns amigos tomavam uma cerveja e diziam que era para "rebater". Para mim, só a palavra "rebater" já parecia uma enorme máquina de bater estaca. A verdade é que o melhor dia do carnaval para mim, era o sábado. Sempre esperei por esse dia como se fosse o último de minha vida. Era como o Dia D. Dia do Bloco dos Sujos. Poxa, se fosse contar tudo que vivi durante todos esses anos em cada dia de Bloco dos Sujos de minha vida, daria um livro. Quanta diversão! Não sei se vou conseguir explicar, mas vou tentar.

No bloco você encontra grande parte de seus amigos de séculos, travestidos de alguma coisa muito engraçada. Só o fato de um homem colocar uma saia e uma peruca, já é motivo de muita risada. Crianças, adolescentes, idosos... Esse é o perfil do Bloco dos sujos. Homens e mulheres de todas as idades travestidos de suas fantasias mais chamativas e criativas possível. Vale tudo, ou quase tudo. A parte chata é ver que alguns confundem a diversão sem regras pré-estabelecidas, com "aqui posso fazer o que quero" e aí extrapolam as linhas da educação, que deve vir de berço, burlam leis, invadem privacidades, danificam patrimônio e acreditam que ficarão impunes. Isso é muito chato de ver. Porém, apesar disso me chatear, sempre procurei fazer minha parte: Me divertir. Algumas pessoas mal podem acreditar no que estão vendo: "Nossa! Quanta "bichona" de uma só vez!" Essa é a deixa que precisamos para agarrar alguém que esta junto daquela pessoa. Se for o marido, melhor ainda. Um bando agarra o cidadão e deixa todo marcado de batom. Certa vez pegaram um marido desprevenido na avenida e zoaram tanto com o homem, que naquele momento só ria, que o coitado ficou até tonto. Jogaram ele para cima como se fosse o artilheiro do time que acabara de fazer um gol. Sensacional. E a esposa acabou entendendo que era tudo zoeira e que aqueles caras não eram "bichonas". Não que no meio daquela gente toda não tenha uma "bichona" ou outra, mas sabemos bem quem são e na maioria das vezes são bem discretos e comportados.

Crianças precisam de melhor atenção. Ao ver aquela gente toda de roupas trocadas, devem imaginar: "Deve ser uma invasão zumbi...". Sempre deixei claro, quando tive oportunidade, que aquilo era brincadeira de carnaval. O resto, ficava por conta dos pais. O mundo mudou bastante desde meus longínquos 14 anos de idade. Foi quando comecei a sair no Bloco dos Sujos com as roupas mais malucas possíveis, sempre de mulher. Alguns faziam questão de vestir roupas mais bonitas e caprichar na maquiagem. Não era o meu caso. Gostava de por roupas esfarrapadas e borrar bem na maquiagem para não parecer uma "bicha véia". Isso nunca evitou que alguns amigos, aqueles que não tem coragem de vestir uma roupa feminina e brincar o carnaval, fizessem suas piadinhas: "Não via a hora de chegar o carnaval, hein?" Nunca me importei. De minha masculinidade entendo eu. Olha minhas rugas de preocupação com eles.

Geralmente me vestia de "puta", sem querer denegrir a imagem das tias... Era somente uma maneira bem tosca de dizer que estava "malacabada". Certa vez sai de repórter: "Mônica Iozi Osborne". Na época o programa CQC da Rede bandeirantes estava em alta e uma de suas repórteres era a Mônica Iozzi. Gostava muito da cara dela e as tiradas sem sentido que ela fazia. Foi uma das melhores noites do Bloco dos Sujos de minha vida. Dei até entrevista para a Rede Vanguarda. E acreditem se quiser, estava sóbrio! Sensacional.

A chegada do carnaval causava muita briga entre os casais de namorados. Geralmente ficávamos solteiros entes do carnaval para não ter encrenca. Alguns casais retomavam seus romances depois do carnaval, no meu caso, geralmente começava outro romance. Não posso reclamar. Só um pouquinho.

Falar sobre carnaval me causa bastante saudosismo e este texto já está ficando extenso demais. Esses dias de Bloco dos Sujos devo contar em outros textos, como por exemplo, o Bloco se chamava "Alcoroso", vocês sabiam? Pois é. O fato é que hoje em dia minhas chuteiras já estão penduradas. Há 3 anos atrás resolvi não sair mais no bloco. Perdeu toda aquela graça que tinha. Já não aguento mais tanta bagunça. Já não bebo mais como bebia... Acho que estou na idade do condor: "Estou com dor aqui, dor ali...". Além do mais, minha vida mudou radicalmente quando tive meu filho e em seguida encontrei uma mulher doida o bastante para me aguentar. E lá se vão 7 anos! Para um maluco que nunca ficou mais que 1 ano com a mesma namorada, 7 anos é um casamento. Deus sabe o que faz. Aquelas bagunças poderiam ter me levado cedo demais.

2021 começamos com essa pândega de pandemia. Nem carnaval, nem Bloco dos Sujos, nada de nada. Nem posso dizer que estou triste com isso. A pandemia tomou conta de tudo. É como se sorrir fosse errado, proibido.  Quer saber a verdade? A pandemia me preocupa porém, não mudou muito minha rotina. Ficar em casa não me chateia. Quando quero tomar uma, vou até a esquina e compro umas poucas latinhas e tomo em casa. Se quero uma comida diferente é só pedir um delivery. Meu trabalho é feito em meu laboratório, em casa. Então, do que posso reclamar? Tudo bem, vamos empurrando com a barriga. É vida que segue! Sigo aqui com meu besteirol, piadas, quadrinhos e meu trabalho de informática e eletrônica. Até a próxima.

Texto e arte: Mood

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