No refeitório, os loucos discutem seu novo plano de fuga, desta vez, infalível.
- Companhêros.... Desta vez não haverá erro, vamos escapar. Desenhei aqui um mapa com o plano passo à passo.
- Quem é esse cara com chapéu engraçado na cabeça? - pergunta outro louco.
- Este sou eu, não está me reconhecendo?
- Ah, então você não é louco, é Napoleão!
- Claro, sou Napoleão e preciso voltar à Batalha de Waterloo! - e prossegue explicando seu plano:
- Amanhã após o café da tarde, "Deus" irá distrair os enfermeiros...
- Quem é "Deus"? - novamente pergunta o louco curioso.
- "Deus" é este ai ao seu lado, este que fala com voz de trovão. - responde Napoleão com ar de impaciente.
E o louco curioso prossegue:
- Ele se parece com meu Tio Alvaro...
- Ele também é louco? - pergunta Napoleão.
- Não, ele é Inri Cristo.
Napoleão então explica seu plano audacioso minuciosamente para todos os loucos, fecha o mapa e diz:
- Não esqueçam, amanhã após o café da tarde, iremos pular o portão.
No dia seguinte todos os loucos estão tomando o café da tarde quando "Deus" começa a falar:
- Para que servem as peneiras, se estão furadas? - e todos prestando atenção no discurso de "Deus" não percebem que alguns loucos saem do refeitório. Napoleão à frente do grupo diz:
- Companhêros, por enquanto está tudo dando muito certo. Vamos até o portão.
Chegando ao portão, Napoleão percebe que o portão está aberto e grita aos companheiros:
- Companhêros, fudeu! Abortar a fuga. Esqueceram o portão aberto e não podemos pular.
Texto/Ilustração: Mood